segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pessoas Importantes da Música Negra



BOB MARLEY

Bob Marley foi uma figura do herói, no sentido clássico mitológico. Sua partida deste planeta veio em um momento em que sua visão de One World, One Love - inspirado por sua crença na Rastafari - estava começando a ser ouvida e sentida. A última Bob Marley e The Wailers a turnê em 1980 atraiu o maior público naquele momento e por qualquer ato musical na Europa.
A história de Bob é que de um arquétipo, que é por isso que continua a ter tamanha repercussão poderosa e crescente: ele encarna a repressão política, a compreensão metafísica e artística, a guerra de gangues e vários períodos de deserto místico. E sua audiência continua a aumentar: aos ocidentais verdades apocalípticas Bob's provar inspirador e de mudança de vida; no Terceiro Mundo o seu impacto vai muito além. Não apenas entre os jamaicanos, mas também os índios Hopi do Novo México e os maoris da Nova Zelândia, Indonésia e Índia, e especialmente naquelas partes do oeste da África, de escravos wihch foram arrancadas e levadas para o Novo Mundo, Bob é visto como um redentor figura retornando para liderar esta



Na luz do sol claro jamaicano você pode escolher os componentes de que o mito de Bob Marley é composta por: a tristeza, o amor, a compreensão, o talento dado por Deus. Esses são os fatos. E, embora às vezes se diz que não existem fatos na Jamaica, há mais uma coisa da qual podemos estar certos: Bob Marley nunca escreveu uma música ruim. Ele deixou para trás o corpo o mais notável do trabalho gravado. "O reservatório da música que ele deixou para trás é como uma enciclopédia", diz Judy Mowatt do I-Threes. "Quando você precisa para se referir a uma determinada situação ou crise, sempre haverá uma canção de Bob Marley que se relacionam com ela. Bob era um profeta musical".
O pequeno país do Terceiro Mundo da Jamaica produziu um artista que transcendeu todas as categorias, classes e credos com uma combinação de modéstia inata e profunda sabedoria. Bob Marley, a Natural Mystic, pode ainda provar ser o artista musical mais importante do século XX.
Whitney Elizabeth Houston



Whitney Elizabeth Houston (Newark, Nova Jérsei, 9 de agosto de 1963) é uma famosa cantora, compositora e atriz norte-americana. Ela é uma das mais populares e famosas cantoras das décadas de 1980 e 1990, recebendo vários Grammys, American Music Awards, Billboard Music Awards, Emmys, um MTV Video Music Award e um MTV Movie Award. Ela influenciou a carreira de vários artistas como Kelly Price, Mariah Carey, Christina Aguilera, Jessica Simpson e outros cantores de música pop e R&B. É reconhecida por ter a voz mais linda de todos os tempos, além de ter uma imensa habilidade vocálica .


A VIDA ANTES DA FAMA
A mãe (Cissy Houston), uma prima em primeiro grau (Dionne Warwick) e a madrinha (Aretha Franklin) eram reconhecidas cantoras de gospel/R&B/soul, o que resultou na constante presença da música na vida da jovem Whitney.
Aos 11 anos de idade, Whitney começou a cantar no coro gospel de uma igreja batista em Newark e mais tarde acompanharia sua mãe em alguns concertos. Mesmo sendo batista, Whitney se formou numa escola católica. Depois de aparecer no álbum de 1978 da mãe, Think It Over, ela começou a cantar como apoio vocal para muitos cantores famosos, entre eles: Chaka Khan e Jermaine Jackson. No mesmo ano, com apenas 16 anos de idade, ela fez um dueto com Michael Zager no single Lifes a Party. No começo da década de 1980, ela começou a aparecer como modelo em várias revistas (chegou até a aparecer na capa da Seventeen).
1983-1991: O COMEÇO DA FAMA
Foi oferecido um contrato para Whitney na Arista Records em 1983, numa conhecida história em que o produtor Clive Davis foi à uma boate e escutou-a se apresentando com sua mãe. Mas na verdade não foi exatamente isso que aconteceu: um representante da Arista, que percebeu o potencial de Whitney enquanto cantava nas boates de Nova Iorque, implorou à Davis para ir vê-la. Quando Davis foi a tal boate e viu-a, ele se convenceu de seu talento.
Demorou aproximadamente dois anos para Whitney terminar seu primeiro álbum (Whitney Houston), procurando canções apropriadas à sua voz e os produtores certos.
Em 1984, Whitney fez um dueto com Teddy Pendergrass (Hold Me). Lançado como single, fez um sucesso moderado nos Estados Unidos. Durante essa época, Whitney decidiu fazer o teste para o papel de Sondra Huxtable no seriado de televisão The Cosby Show (quando perdeu para Sabrina Le Beauf) e fazer participações especiais em Gimme a Break e Silver Spoons. Mas foi quando apareceu na telenovela As The World Turns, como ela mesma, que sua popularidade cresceu bastante.
Em 14 de fevereiro de 1985, seu primeiro álbum foi lançado. Demorou para fazer sucesso, mas quando o single You Give Good Love atingiu a terceira posição dentre os mais vendidos da Revista Billboard as vendas dispararam. Os outros singles, Saving All My Love for You, How Will I Know e Greatest Love of All, atingiram a primeira posição dentre a lista dos mais vendidos da mesma publicação. O álbum venderia vinte e quatro milhões de cópias no mundo todo (com dez milhões delas sendo vendidas só nos EUA), se tornando o álbum de estréia de uma artista que mais vendeu. Outra canção, All at Once, foi tocada significativamente nas rádios, mas a Arista decidiu não lançá-la como single para não expôr Whitney demais à mídia. Com o sucesso vieram os prêmios. Em 1986, Whitney fez sua primeira turnê mundial de shows, a The Greatest Love Tour.


Lançado em junho de 1987, o segundo álbum da cantora (Whitney) tornou-se o primeiro álbum de uma artista a estrear no topo dos mais vendidos nos EUA e Reino Unido, simultaneamente. O primeiro single, I Wanna Dance with Somebody (Who Loves Me) (originalmente Im Gonna Dance with Somebody, quando foi interpretado na turnê mundial de 1986), não demorou a se tornar um estrondoso hit para a cantora. Outros singles do mesmo álbum que se tornaram grandes sucessos: Didnt We Almost Have It All, So Emotional e Where Do Broken Hearts Go. Todas essas canções deram à Whitney um número de sete singles consecutivos a atingirem a primeira posição dos mais vendidos nos EUA, quebrando o recorde dos Beatles e dos Bee Gees (que estavam empatados com seis cada). Até hoje, nenhum artista conseguiu ter sete números um consecutivos na lista dos singles mais vendidos da Revista Billboard. Um quinto single, Love Will Save The Day, se tornou um hit moderado ao chegar ao número nove na lista da publicação. O álbum venderia dezenove milhões de cópias no mundo inteiro (nove milhões delas só nos EUA). Whitney fez outra turnê mundial, a The Moment of Truth Tour, e mais uma série de prêmios seria entregues à ela. Durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de 1988 Whitney cantou One Moment in Time. Lançada como um single, a canção dos Jogos Olímpicos entrou no primeiro lugar na lista dos singles mais vendidos do Reino Unido (o UK Top 40) e no quinto lugar dos mais vendidos nos EUA.
Im Your Baby Tonight foi lançado em novembro de 1990. Os primeiros singles daquele álbum, Im Your Baby Tonight e All The Man That I Need foram ao primeiro lugar da lista dos mais vendidos nos EUA, dando a ela um total de nove números um naquele país. Outros hits moderados viriam com Miracle e My Name is Not Susan. Outra canção do álbum, I Belong to You, foi tocada em algumas rádios norte-americanas (se tornando um pequeno sucesso no país) apesar de nunca ter sido lançada como single. O álbum vendeu doze milhões de cópias no mundo todo (quatro milhões só nos EUA). Logo Whitney faria outra turnê mundial, a Im Your Baby Tour. Em janeiro de 1991, ela cantou The Star Spangled Banner (o hino nacional norte-americano) no XXV Super Bowl em Tampa na Flórida. Depois lançado como um single, se tornaria a única versão do hino nacional norte-americano a virar um hit, vendendo um milhão de cópias. O dinheiro arrecadado com as vendas foi revertido à Cruz Vermelha Norte-Americana.
1992-1997: CARREIRA NO CINEMA
Em 1992, Whitney fez seu primeiro filme, O Guarda-Costas, junto com Kevin Costner. Whitney gravou seis novas canções para a trilha-sonora do filme, incluindo uma versão do clássico de Dolly Parton I Will Always Love You, com que rompeu todas as expectativas. Lançado como single em novembro do mesmo ano, se tornou seu nono número um nos Estados Unidos. Com o tempo, se tornou o single mais vendido até então (recorde quebrado por My Heart Will Go On, de Celine Dion, em 1997). A canção I Have Nothing foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original. Outros hits, lançados como singles da trilha-sonora de O Guarda-Costas: Im Every Woman (regravação de uma canção de Chaka Khan), Run to You e Queen of the Night (escrita pela própria Whitney). O álbum vendeu 33 milhões de cópias no mundo todo, tornando-se o álbum mais vendido por uma cantora solo (recorde quebrado por Celine Dion em 1996).Whitney também foi uma das produtoras / Atrizes do filme:Rodger e Hammerstein apresentam:Cinderela(1997)
Em 18 de julho de 1992, Whitney se casou com o cantor Bobby Brown, em Nova Jérsei. Em março de 1993, Whitney deu à luz uma menina, chamada Bobbi Kristina, que canta com a mãe as melodias My Love is Your Love e Little Drummer Boy.
Em 1995, Whitney atuou em outro filme, Waiting to Exhale, baseado num livro de Terry McMillans sobre as vidas de quatro mulheres afro-americanas. As outras personagens são interpretadas por Angela Bassett, Loretta Devine e Lela Rochon. O diretor do filme foi Forest Whitaker. Foi rodado na primavera de 1995 e estreou nos cinemas em dezembro do mesmo ano. Arrecadou uma estimativa de 80 milhões de dólares nas bilheterias do mundo todo.
A trilha-sonora de Waiting to Exhale incluia três novas canções de Whitney: Exhale (Shoop, Shoop), Count on Me (dueto com CeCe Winans) e Why Does It Hurt So Bad. Vendeu mais de sete milhões de cópias nos Estados Unidos e mais de dez no mundo todo.
Seu filme seguinte, The Preachers Wife, um remake que protagonizou ao lado de Denzel Washington. O filme começou a ser rodado em janeiro de 1996 e estreou nos cinemas em 13 de dezembro de 1996. Whitney planejava a muito tempo lançar um álbum gospel e a trilha-sonora deste filme foi uma oportunidade única para fazê-lo. A trilha de The Preachers Wife foi lançada um mês antes do filme e se converteu no álbum gospel mais vendido da história. Whitney canta catorze das quinze faixas do álbum, incluindo os hits I Believe in You and Me e Step by Step.


FILANTROPIA
Em 1989, Whitney criou a Fundação Whitney Houston Para As Crianças, organização sem fins lucrativos que assiste a menores sem lar, com câncer ou Aids. A fundação também levanta fundos para crianças carentes em todo o mundo e costuma promover shows de caridade. Só um show televisado pela HBO em 1997 - Classic Whitney , gerou 300 mil dólares para projetos assistenciais. Houston também apóia fundos de educação universitária para negros e ONGs de assistência às crianças
diabéticas e aidéticas.
Michael Jackson

O rei do pop, Michael Joe Jackson, além de cantor, compositor e dançarino, também ficou conhecido por suas excentricidades. O cantor entrou para a carreira artística aos 5 anos de idade. Seu pai, Joseph Jackson, trabalhava como operário e tinha feito parte de grupos musicais inexpressivos. 



Em 1965, decidiu criar uma banda com cinco dos seus nove filhos, o Jackson Five, formado por Michael, Jackie, Tito, Marlon e Randy. O grupo venceu um concurso de talentos em uma escola com a música "My Girl". 

O Jackson Five entrou para a história musical do país por ser a primeira banda formada por negros a fazer sucesso. Em 1971, aos 13 anos de idade, Michael gravou um single solo: "Got To Be There", e no ano seguinte lançou o disco "Ben". Dois anos depois, destacou-se com "Music and me". Em 1975, os irmãos mudaram o nome do grupo para "Os Jacksons". 

Michael lançou o seu primeiro álbum sozinho "Of The Wall" em 1978. Em 1982, lançou "Thriller" com produção de Quincy Jones. O álbum foi um dos mais vendidos no mundo (é um dos recordistas de venda até hoje) e o astro ganhou oito prêmios Grammy de uma só vez. Em 1984, gravou o disco "Victory", com os seus irmãos, e participou da música "We Are The World" com outros artistas, em ajuda ao povo africano. 
A vida pessoal de Michael Jackson gerou especulações de que ele fazia cirurgias plásticas para mudar a fisionomia e a cor da pele, apesar do cantor alegar ter vitiligo (doença que causa manchas no corpo). Michael comprou um rancho na Califórnia que chamou de "Neverland" (Terra do Nunca), com parque de diversões e um minizoológico. 




Afastado das produções musicais, o artista passou a trabalhar, em 1986, com os cineastas George Lucas e Francis Ford Coppola, o que lhe rendeu um filme que foi exibido até 1998 nos parques da Disney. Em 1987, gravou o disco "Bad", que alcançou apenas a metade das vendas de "Thriller". 
Em 1992, acabou sua parceria com Quincy Jones e lançou "Dangerous". A canção "Black or White" foi elogiada pela qualidade, mas o clip foi criticado pelas cenas de violência. 


NO ano seguinte, foi acusado de molestar um garoto de 13 anos em seu rancho, mas foi inocentado por falta de provas. Para recuperar a imagem, em 1994 Michael se casou com Lisa Marie Presley, filha de Elvis Presley, mas o relacionamento durou apenas 19 meses. 
Em 1995, lançou dois CDs chamados "HIStory: Past, Present and Future, Book 1". NO ano seguinte, Michael casou-se com a enfermeira Debbie Rowe, com quem teve dois filhos. 
De volta às gravações, em 2001 Michael Jackson lançou "Invencible" e, em 2003, "Number Ones". "The Ultimate Collection", lançado em 2004, trazia quatro CDs e um DVD, reunindo os grandes clássicos da carreira de Michael, além de músicas inéditas, apresentações ao vivo, duetos e trilhas sonoras. Mas o que continuou em evidência foram as acusações de pedofilia feitas contra o astro, que respondeu processo e foi inocentado em 2005.

 

 

 

Lucky Dube






Lucky Philip Dube foi um cantor de reggae sul-africano.
Gravou 22 álbuns em zulu, inglês e africâner em um período de vinte e cinco anos de carreira e foi o artista sul-africano que mais vendeu disco na história do reggae.
Dube foi assassinado em Rosettenville, subúrbio de Johannesburgo, na noite de 18 de outubro de 2007.
Lucky Dube nasceu em Ermelo, anteriormente chamada de Eastern Transvaal, e agora de Mpumalanga, em 3 de agosto de 1964. Seus pais separam-se antes de seu nascimento e ele foi renegado pela sua mãe, Sarah, sua avó materna o batizou de Lucky (Sortudo em inglês), porque ela considera seu nascimento sorte. Juntamente com seus dois irmãos, Thandi e Patrick, Dube passou grande parte de sua infância com sua avó, enquanto sua mãe mudou-se para trabalhar. Em 1999 uma entrevista, revelou que sua avó foi descrita como “o amor maior”, e que “fez muitas coisas para tornar esta pessoa responsável que sou hoje.”
Na infância, Dube trabalhou como jardineiro, mas, percebendo que ele não estava ganhando o suficiente para alimentar a sua família, ele começou a frequentar a escola. Lá ele juntou um coro e, com alguns amigos, formou seu primeiro conjunto musical, chamado The Band Air Route. Enquanto na escola, ele descobriu o movimento Rastafari. Na idade de 18, Dube juntou seu primo a banda, O Love Brothers, tocando música pop conhecido como Zulu mbaqanga enquanto o financiamento para a sua vida pelo trabalho Hole e Cooke como um guarda de segurança no carro leilões em Midrand. A banda assinou com a Record Teal Companhia, sob Richard Siluma (Teal foi mais tarde incorporada Gallo Record Company). Embora Dube estava ainda na escola, a banda material gravado em Joanesburgo, durante a sua férias escolares. A resultante álbum foi lançado sob o nome de Lucky Dube e os Supersoul. O segundo álbum foi libertado pouco tempo depois e, desta vez Dube escrevi algumas das letras, além de cantar. Foi nesta mesma época que ele começou a aprender Inglês.
Sobre o lançamento de seu quinto álbum, Mbaqanga, Dave Segal (que se tornou engenheiro de som de Dube) incentivou-o a largar o “Supersoul”. Todos os álbuns foram gravados posteriores como Lucky Dube. Neste momento Dube começou a notar que os fãs estavam respondendo positivamente a algumas canções durante os concertos ao vivo. Inspirado em Jimmy Cliff e Peter Tosh, ele sentiu que o contexto sócio-político mensagens associadas com o reggae jamaicano foram relevantes para uma audiência em uma sociedade Sul-Africana racista.
Ele decidiu tentar o novo gênero musical e, em 1984, lançou o mini-álbum “Rastas Never Die”. O registro vendeu pouco – cerca de 4.000 unidades – em comparação com as 30.000 unidades vendidas com o “mbaqanga”. Keen para suprimir o activismo anti-apartheid, o regime proibiu o álbum em 1985. No entanto, ele não foi desencorajado e continuou a realizar shows de reggae ao vivo e escreveu e produziu um segundo álbum, “Think About The Children (1985)”. Atingiu disco de platina e estabeleceu-se como um artista popular na África do Sul, além de atrair a atenção fora da sua pátria.
Dube continuou a introdução bem sucedida comercialmente álbuns. Em 1989 ele ganhou quatro Prêmios OKTV para Prisoner, Captured Live ganhou outra para o ano seguinte e ainda outras duas para a Câmara de exílio no ano seguinte. Seu álbum 1993, as vítimas mais de um milhão de cópias vendidas no mundo todo. Em 1995 ele ganhou um contrato com a Motown gravação mundial. Seu álbum Trindade foi o primeiro lançamento em Tabu Motown Records depois da aquisição do rótulo.
Em 1996, ele lançou um álbum compilação, Serious Reggae Business, que levou com ele a ser chamado de “Best Selling Recording Artista Africano” no World Music Awards e do “Artista Internacional do Ano”, no Gana Music Awards. Seus próximos três álbuns cada venceu Sul Africano Music Awards. Seu mais recente álbum, Respeito, ganhou uma versão europeia através de um acordo com a Warner Music. Dube turnê internacional, a partilha de fases com artistas como Sinéad O’Connor, Peter Gabriel e Sting. Ele apareceu no 1991 Reggae Sunsplash (exclusivamente nesse ano, foi convidado para voltar ao palco 25 minutos um longo encore) e 2005 o evento Live 8, em Joanesburgo.

Além do desempenho música Dube foi outrora um ator, aparecendo nos filmes voz na escuridão, Getting Lucky e Lucky Strikes Back.
Em 18 de outubro de 2007, Dube foi assassinado no subúrbio de Joanesburgo, em Rosettenville logo após ter largado dois dos seus sete filhos e seu tio em suas casas. Dube estava dirigindo seu Chrysler 300C, que os assaltantes perseguiram. Os relatórios da polícia sugerem que ele foi morto a tiros pelos carjackers. Cinco homens foram presos com ligação comn o assassinato. Três homens foram julgados e considerados culpados, em 31 de março de 2009, dois dos homens tentaram fugir e foram capturados. Os homens foram condenados á prisão perpétua.
Ele deixou sua esposa, Zanele, e sete filhos.



Ali Farka Touré







Ali Ibrahim “Farka” Touré (31 de outubro de 1939 – 7 de março de 2006) foi um cantor e guitarrista maliano, e um dos mais renomados músicos do Continente Africano conhecido internacionalmente. Sua música é amplamente considerada como representando um ponto de intersecção da tradicional música de Mali e seu primo americano do norte, o blues. A crença de que este último é, de fato, historicamente derivado da primeira, reflete-se nas freqüentes citações de Martin Scorsese caracterizando o estilo de Touré como constituindo “o DNA do blues”.
Nascido na aldeia de Kanau, às margens do rio Níger no região noroeste do Mali, sua família mudou-se para a aldeia vizinha de Niafunké quando ele ainda era uma criança, ele foi o décimo filho de sua mãe, mas o único a sobreviver. Em uma biografia sua feita por sua gravadora, Touré teria dado a seguinte explicação para o seu nome: “O nome que me foi dado foi Ali Ibrahim, mas é um costume no Mali, dar um apelido à criança se ela for de uma família em que outras crianças morreram”, meu apelido, “Farka”, foi escolhido por meus pais, quer dizer “burro”, um animal admirado pela sua tenacidade e obstinação”.
Ele era descendente da antiga força militar conhecida como a Arma , e era etnicamente ligado à Songrai ( Songhai ) e Peul, povos do norte do Mali.
Um dos mais bem sucedidos músicos Oeste Africano dos anos 90, Ali Farka Touré foi tantas vezes descrito como “o John Lee Hooker africano”, que eles provavelmente começaram a se irritar, tanto de Touré como Hooker. Há muito de verdade nesta comparação, no entanto, não é exatamente um insulto. O guitarrista, que também tocou outros instrumentos, como cabaça e bongôs, assim como Hooker (e outros bluesmen americanos como Lightnin ‘Hopkins) uma predileção para os vocais de baixa frequência e meios tons, muitas vezes tocando com acompanhamento mínimo.
Touré tinha um estilo mais suave que Hooker. Ele cantou em vários idiomas africanos, e apenas ocasionalmente em inglês. Certa vez ele disse que suas músicas são “sobre educação, trabalho, amor e sociedade”, e se entre ele e Hooker há tantas semelhanças, provavelmente não é pelos ideais transmitidos em suas músicas, mas devido ao fato de ambos terem se inspirado muito nas tradições rítmicas e musicais africanas, herança de muitas gerações.
Touré estava com quase 50 anos, quando ele chamou a atenção da crescente comunidade da World Music no Ocidente através de um auto-intitulado álbum no final dos anos 80. Nos anos seguintes, ele visitou frequentemente na América do Norte e a Europa, e gravou com freqüência, às vezes com contribuições de Taj Mahal e os membros do Chieftains. Em 1990, Touré afastou-se da música para se dedicar inteiramente à sua fazenda de arroz, mas foi convencido por seu produtor a pegar novamente o violão para gravar em 1994 “Talking Timbuktu”, no qual ele foi acompanhado por Ry Cooder. Foi seu trabalho mais bem recebido até aquele momento, o que lhe valeu um Grammy de Melhor Álbum de World Music, mas serviu também para provar que nem todas as colaborações musicais dos países em desenvolvimento têm de diluir os seus elementos não-ocidentais para conseguir uma ampla aceitação. No entanto, Touré afastou-se da música novamente para cuidar de sua fazenda.



Sem gravar nada durante cinco anos, ele finalmente quebrou o silêncio em 1999 com Niafunké, descartando parcerias em favor de um retorno às suas raízes musicais. Então, por mais uma vez, Touré afastou-se dos palcos e estúdios. Em 2005, talvez em parte para manter seu nome familiar para os amantes da música, gravou (pela primeira vez em CD) Red & Green, dois álbuns de gravados no início dos anos 80, vendidos em uma só embalagem como um cd duplo. O CD Heart of the Moon também foi lançado em 2005. Touré morreu a 07 de marco de 2006, de câncer nos ossos, contra o qual ele havia lutado durante anos, porém, ele ainda conseguiu concluir um último álbum antes de morrer. Seu último álbum, foi lançado postumamente Savane, em julho de 2006.
Ele foi classificado como o 76º na lista 100 Greatest Guitarists of All Time (100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos) da revista Rolling Stone.







Lura








Ouçam Lura. Pura beleza crioula, com uma voz que não cabe nela.
Lura é uma cantora cabo-verdiana, nascida em Lisboa . Seu envolvimento com o meio artístico começou cedo, com participações em projetos teatrais e corais, mas sua carreira como cantora despontou em 1996, aos vinte e um anos, quando gravou seu primeiro álbum, cuja canção título, Nha Vida, foi um sucesso imediato que lhe rendeu um convite para participar do importante projeto discográfico Red Hot + Lisbon, o qual reuniu grandes nomes da música lusófona. Em1998, acompanhou Cesária Évora, o maior nome da música caboverdeana, em dois importantes projetos: abriu os espetáculos daquela cantora na Expo’98 e participou, em Paris, da série de concertos do projeto ‘Cesária & friends’.
Tendo aprendido o crioulo caboverdeano de seus colegas de escola e de seus familiares, em pouco tempo Lura já era capaz de falar fluentemente e também compor nessa língua-símbolo de Cabo Verde, que hoje a cantora considera como sendo sua língua materna. Em 2002, lançou seu segundo álbum, ‘In Love’, e em novembro de 2003, Lura foi uma das três cantoras escolhidas para o projeto Women of Cape Verde, uma série de concertos realizada no Reino Unido, o que lhe rendeu convites e o lançamento de seus álbuns em diversos países europeus.
Em 2006 lança o album M´bem di fora, bastante aclamado na sua apresentação a 7 de novembro do mesmo ano no clássico Tivoli, uma sala de espetáculos referência de Portugal, em Lisboa. Uma obra mais sóbria onde a artista revela uma maior maturidade musical, conseguindo imprimir o seu cunho pessoal a temas de diversos compositores, onde se destaca o nome de Toy Vieira, director artísco do projecto e compositor de alguns de algumas das suas músicas. Segundo a cantora, é uma homenagem aos migrantes que vem do interior em busca de oportunidades nos grandes centros urbanos. A turnê do álbum incluiu concertos na Turquia, Alemanha, França, Brasil, Espanha, Austrália e Itália.




Youssou N´Dour 

 

(Dakar, 1º de outubro de 1959) é um compositor, intérprete e músico senegalês.
Nasceu e cresceu no bairro da Medina em Dakar. Muçulmano e seguidor do sufismo, é pai de vários filhos e tinha duas esposas (Mamy Camara e Aïda Coulibaly). Em junho de 2007, divorciou-se da primeira, Mamy, com quem teve quatro filhos, depois de 17 anos de casamento.
Trabalhou com artistas de renome como Peter Gabriel, Paul Simon e o camaronês Manu Dibango.
Uma das suas canções mais famosas é Seven Seconds, que gravou com a cantora Neneh Cherry. Em 1998, compôs o hino para as fases finais da Copa do Mundo, La Cour Des Grands, que canta com a cantora belga Axelle Red. Compôs também a trilha sonora do filme de animação Kirikou e a feiticeira (1998).
Politicamente engajado, organizou em 1985 um concerto pela liberação de Nelson Mandela, no Estádio da Amizade, em Dakar. Também organizou vários concertos em benefício da Anistia Internacional. Embaixador de boa vontade para as Nações Unidas e para a UNICEF, foi também eleito embaixador embaixador da Organização Internacional do Trabalho.


 

Em 2004 participou do CD Agir Réagir em favor das vítimas do terremoto que atingiu a região de Al-Hoceima, no Marrocos.
Youssou N’Dour sempre se manteve fiel às suas origens e continua morando em sua cidade natal.

 

 

Virgínia Rodrigues

 

 


 

 

A cantora baiana Virgínia Rodrigues converte o samba em clássico e faz sucesso fora do Brasil
A história da cantora baiana Virgínia Rodrigues ficou tão conhecida internacionalmente que os jornalistas americanos a apelidaram de Cinderela brasileira. Ela calha à personagem da fábula: nasceu há 39 anos em Salvador, cresceu em uma favela, abandonou os estudos aos 12 anos e trabalhou como cozinheira e manicure. Seus pais, religiosos, levaram-na à igreja ainda criança. Ali, aprendeu a cantar de ouvido e passou a se apresentar em missas e casamentos. Quando já se conformava com o destino, veio o príncipe encantado. Era um conterrâneo: Caetano Veloso. O compositor descobriu-a há nove anos, contratou-a para o casting de sua gravadora, a Natasha, investiu na moça e a converteu em diva da MPB. Felizmente, o fenômeno não virou abóbora à meia-noite. Virgínia chega ao terceiro CD, Mares Profundos, coroada pelo sucesso no Exterior – embora ainda seja desconhecida em sua terra natal. Borralheiras não fazem milagre em casa.
 Lançado em janeiro nos Estados Unidos, Mares Profundos chega ao Brasil nesta semana, com edição simultânea na Europa. O selo do álbum é o prestigioso Edge, da gravadora alemã Deutsche Grammophon, a mais tradicional da música erudita. A produção, claro, é de Caetano. O repertório é venerável: 11 afro-sambas compostos entre 1962 e 1966 pelo violonista Baden Powell (1937-2000) e pelo poeta Vinícius de Moraes (1913-1980). O programa fecha com o samba ‘Lapinha’ (Baden-Paulo César Pinheiro).
O CD apresenta uma evolução em relação aos primeiros trabalhos – Sol Negro (1997) e Nós (2000), ambos com boa recepção da crítica, mas marcados por certo exibicionismo endereçado a estrangeiros. Virgínia agora atinge a maturidade. Abandona floreios e indecisões para abraçar a técnica erudita. Seu disco pode ser ouvido como homenagem aos afro-sambas e profissão de fé na interpretação clássica. Ela inova ao abordar os sambas como crossover, o encontro do popular com o erudito. Isso num ano em que o mercado clássico murcha. A cantora tenta salvar a música erudita pelo samba. Obviamente, não consegue, mas produziu um belo álbum.
Acompanhada por um grupo de câmara em que estão presentes violão e percussão brasileiros, ela dá conta das composições. Sua voz de meio-soprano é precisa, e mergulha nas modulações e no conteúdo dos versos. Falta-lhe, talvez, uma dose maior de espontaneidade. Em muitos momentos ela soa como cantora de coral. Mas seu estilo não destoa do toque erudito que Baden e Vinícius imprimiram aos afro-sambas escritos sob o impacto do candomblé. A coleção põe em fusão bossa nova, jazz e atabaques. Essas músicas marcaram a MPB dos anos 60. Foi então que ‘Canto de Ossanha’ e ‘Berimbau’ se consagraram na voz de Elis Regina. Na de Virgínia, tornam-se árias delicadas, dignas de palcos de ópera e altares.
É um repertório difícil. Baden, com seu timbre de corda estalada, gravou-o mal no fim da carreira, e Mônica Salmaso iniciou a sua em 1995 enfrentando a coleção em alto estilo. A cantora baiana arriscou outro rumo, revelando a dimensão sagrada dos afro-sambas. Mantém o encanto que exibia nos tempos de principiante, sem deixar de ampliar seus horizontes, do pop ao clássico. E não poderia prestar homenagem mais apropriada a uma das bíblias da canção brasileira.

sábado, 20 de novembro de 2010

Arte africana

HISTÓRIA E CARACTERÍSTICAS DA ARTE AFRICANA

A arte africana é um conjunto de manifestações artísticas produzidas pelos povos da África subsaariana ao longo da história. O continente africano acolhe uma grande variedade de culturas, caracterizadas cada uma delas por um idioma próprio, tradições e formas artísticas características. O deserto do Saara atuou e

continua atuando como uma barreira natural entre o norte da África e o resto do continente. Os registros históricos e artísticos demonstram indícios que confirmam uma série de influências entre as duas zonas. Estas trocas culturais foram facilitadas pelas rotas de comércio que atravessam a África desde a antiguidade.

Podemos identificar atualmente, na região sul do Saara, características da arte islâmica, assim como formas arquitetônicas de influência norte - africana. Pesquisas arqueológicas demonstram uma forte influência cultural e artística do Egito Antigo nas civilizações africanas do sul do Saara.

A arte africana é um reflexo fiel das ricas histórias, mitos, crença

s e filosofia dos habitantes deste enorme continente. A riqueza desta arte tem fornecido matéria-prima e inspiração para vários movimentos artísticos contemporâneos da América e da Europa. Artistas do século XX admiraram a importância da abstração e do naturalismo na arte africana.

Chegada ao Brasil

A arte africana chegou ao Brasil através dos escravos, que foram trazidos para cá pelos portugueses durante os períodos colonial e imperial. Em muitos casos, os elementos artísticos africanos fundiram-se com os indígenas e portugueses, para gerar novos componentes artísticos de uma magnifíca arte afro-brasileira.

Religião

RELIGIÕES TRADICIONAIS

As religiões dos povos que se baseiam em mitos, lendas e tradições, eram classificadas como religiões primitivas. Esse termo passou a ser quase sinônimo de pagão, e seus praticantes eram tidos como pessoas sem cultura, atrasadas, sem técnica, sem Deus...

Atualmente, os estudiosos, revendo os erros do passado que justificaram escravidão e morte, usam o termo religiões tradicionais. Dessa maneira, mesmo sendo muito diferentes da religiosidade de outras culturas, fica mais fácil entender estas manifestações religiosas tão ricas e das quais muito podemos aprender.

O mundo destes povos muitas vezes não encontra explicações satisfatórias em nossa mentalidade, que exige provas, raciocínios, lógica. O mundo tradicional liga intimamente a vida em suas manifestações.

Nesse sentido, para entendermos melhor as religiões tradicionais, é importantíssimo ter uma atitude de abertura, sem preconceitos ou pré-julgamentos.

Tenhamos em conta também que essas religiões não possuem textos escritos ou livros sagrados, mas se baseiam na tradição, ou narração passada de geração para geração, sobre os conteúdos e a maneira de viver sua religiosidade. Isso se dá em forma de histórias, ritos, provérbios, danças, músicas, festas.

ESPIRITUAL E MATERIAL

A religião tradicional africana distingue dois aspectos da realidade: aquilo que é visível, físico, material..., e aquilo que é invisível e espiritual. Estes dois aspectos fundem-se entre si: nenhuma coisa do mundo físico é tão material que não contenha em si elementos do mundo espiritual. Isto conduziu à crença de que há espíritos nas pedras, nas montanhas, nos rios, nas árvores, nos trovões, no Sol e na Lua... Daí a religião tradicional africana ser muitas vezes chamada também de religião animista.

Seus praticantes vivem em profunda harmonia com todo o universo e esforçam-se para comportar-se de maneira adequada, conforme as leis morais. Isso não significa que não existem momentos religiosos mais destacados de outros, considerados profanos, mas toda a vida é sustentada pelo elemento religioso que une os seres, o cosmo, o mundo invisível e o Ser Superior. Todo o universo tem uma alma.

OS RITOS

Ritos, cerimônias, preces... são algumas das modalidades através das quais o ser humano procura se expressar e alcançar sua própria harmonia com o todo. Mas o que importa é a atitude interior que caracteriza a vida dos povos tradicionais, uma atitude profundamente religiosa. Cada fato cotidiano, banal ou importante, é colocado num contexto que supera a dimensão material.

O ritual sacraliza os momentos importantes da vida: nascimento, adolescência, matrimônio e morte. Existe, além disso, uma grande variedade de ritos: de iniciação, purificação, propiciação, comemoração, ação de graças etc.

Os ritos de iniciação garantem a boa integração na comunidade dos vivos, e os ritos fúnebres garantem a benevolência dos antepassados: por isso, devem ser bem feitos. Freqüentemente, a iniciação é também o ingresso em uma “sociedade secreta”, onde se aprendem ritos secretos, mitos secretos e mesmo uma linguagem secreta...

Os africanos possuem lugares de culto, embora muito modestos: pequenas cabanas, altares junto aos caminhos, cumes de montanhas... As oferendas são feitas para pedir saúde, vida, sucesso...

A oração comunitária é a preferida e exprime-se com danças e cantos.

O mesmo acontece com os ritos: impera a criatividade, o movimento, o dinamismo...